
História
Durante o ano de 1987 um voluntário suiço informou a equipe da Associação Brasileira de Amparo à Infância (ABAI) sobre um livro com o título "O Escândalo das Sementes", de autoria do Canadense Pat Roy Mooney. Este ativista foi uma das primeiras pessoas que entendeu e denunciou a gravidade do apoderamento das sementes e desta forme do controle sobre a alimentação humana por algumas poucas empresas transnacionais. Durante estas últimas três décadas a concentração do poder sobre as sementes nas mãos de cada vez menos empresas aumentou drasticamente. Pat Roy Mooney e sua sucessora Silvia Ribeiro continuam a informar sobre a problemática da biotecnologia através de sua organização, o ETC Group.
No ano de 2012 o saudoso Bispo Dom Ladislau Biernaski indicou o município de Mandirituba para sediar a Romaria da Terra daquele ano, que teve como temática para reflexão e ação a agrobiodiversidade. O evento foi organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), a ABAI e a Associação de Agricultura Orgânica do Paraná (AOPA).
Após o sucesso da Romaria da Terra em Mandirituba, a CPT convidou a ABAI para dar seqüência a atividades de valorização dos povos do campo e de suas culturas através da organização de uma Festa de Sementes Crioulas. Em seguida a CPT, a ABAI e a AOPA realizaram quatro grandes Festas de Sementes de 2013 até 2016.
Através destas festas em Mandirituba e em outros municípios, a ABAI começou a criar um estoque de amostras de variedades de sementes crioulas, que deu origem à Casa da Partilha (chamado no início de "Banco Comunitário de Sementes"). Simultaneamente uma delegação da ABAI visitou em 2015 os Bancos Comunitários de Sementes da Paixão na Paraíba, e este lindo exemplo deu asas à criaçao da Casa da Partilha em Mandirituba.