
Desde mais de 10 000 anos o ser humano escolheu plantas específicas para guardar e replantar no ano seguinte. No convívio com o homem, ao longo de muitas gerações, estas plantas e sementes se adaptaram às inumeráveis condições dos locais onde elas foram selecionadas, dando origem a uma enorme diversidade de plantas úteis.
Hoje estas variedades tradicionais são conhecidas como variedades crioulas. Elas fazem parte integral de nossa cultura.
Porém, elas estão sendo cada vez mais substituídas por sementes industrializadas, como as sementes híbridas e transgênicas que precisam de adubos químicos e agrotóxicos, além de não serem adaptadas às condições locais e às mudanças climáticas. Os agricultores sofrem cada vez mais restrições a respeito do uso de suas próprias sementes e, pressionados pelo agronegócio, perdem a diversidade das sementes tradicionais.
A Casa da Partilha quer resgatar e manter a agrobiodiversidade e defender o direito dos agricultores a respeito do livre uso de suas sementes tradicionais.
Sementes crioulas são importantes:
• Como Bem Comum que deve ser accessível para todos e protegido do patenteamento e da privatização
• Para manter a autonomia e a soberania alimentar dos agricultores familiares em relação ao agronegócio e às grandes empresas sementeiras transnacionais
• Para conservar a agrobiodiversidade, indispensável para uma agricultura ecológica e sustentável
• Como parte integral de nossa cultura
